• Autor Fabrício Conceição
  • Ano 2016/2
  • Coorientador Adriano Paiter Fonseca
  • Resumo

    A exposição do homem aos ruídos e à poluição sonora pode causar diversos danos à saúde, dependendo dos seguintes fatores: intensidade, faixa de frequências, período de exposição, intermitência ou continuidade e característica de cada indivíduo. O Objetivo desse trabalho consiste em analisar o desconforto acústico em parte do bairro da Portuguesa – Ilha do Governador – oriundo da grande quantidade de ruídos gerados devido à proximidade do local com o Aeroporto Internacional Tom Jobim, bem como propor uma intervenção nas fachadas das edificações que encontram-se dentro da área mais crítica, sendo capaz de reduzir ao máximo essa interferência somando a fachada do edifício a um elemento criado para o combate do ruído( que trabalha em conjunto com as cinco fachadas) denominado sistema Horta Sonora Vertical, um sistema ‘’celular que pode ser replicado em outros locais assim como o trabalho nas cinco fachadas. Acerca dessa temática existe um estudo feito pela Prefeitura do Rio de Janeiro sobre o plano de zoneamento de ruído no aeroporto em questão, que aponta que o ponto dessa curva mais prejudicial à saúde da população está localizado na linha entre o bairro do Galeão e da Portuguesa. Entretanto, apesar da aparente invisibilidade do problema, ocasionado pela facilidade que o homem tem de se adaptar, moradores da região teoricamente menos acometida, ou seja, da Portuguesa, ainda sofrem bastante interferência em suas atividades diárias e acumulam sérios problemas de saúde de acordo com os fatores apresentados acima. A metodologia proposta nesse trabalho prevê inicialmente um estudo de normas de desempenho que indiquem as condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades. Terminada a leitura da bibliografia selecionada, pretende-se problematizar a veracidade do estudo realizado pela Prefeitura do Rio de Janeiro sobre o plano de zoneamento de ruído gerado pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim. Além disso será apresentado um projeto de intervenção nas fachadas das edificações afetadas, com estratégias projetuais que funcionem como ''células'' e que possam ser replicadas por todo bairro, assim como em outras regiões também afetadas por esse problema. Para isso tomar-se-á como prerrogativa as leis, de modo que o arquiteto atue como agente e participante da melhoria da cidade, combatendo os problemas nela existentes, sem a necessidade de alterar regiões já consolidadas. Nesse caso o olhar será concentrado em uma quadra localizada no condomínio da Aerobitasquadra 1, bloco 1 e prédio 1 - o qual apresenta a história de construção no mesmo período que a principal obra para a solidificação do aeroporto foi realizada, começando antes( 1967, o aeroporto em 1968) e terminando no mesmo momento em 1977-78. A intervenção na quadra provoca a criação de um ambiente mais vivo para os moradores, com o sistema acústico criado chamado de Horta Acústica Vertical, que gera uma ambiência para feiras, comemorações, até mesmo atividades dos colégios e moradores locais para com a nova horta gerada com o intuito máximo de redução do ruído aeroportuário, mas que recria vida para o espaço gerado.


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